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22/03/2021 Pe Geovane Saraiva* Edição 3934 Vida sim, vacina sim!
F/ Pixabay
"É preciso, pois, crer e ter uma fé lúcida e segura, deixando de lado as tolices existentes no caminho e também as superstições e as descrenças."

Padre Geovane Saraiva*

 Aqui fica nossa solidariedade, diante da realidade brasileira, marcada pelo ultraje, numa insensibilidade, indiferença e cinismo estarrecedores do governo brasileiro, num não aos quase trezentos mil mortos pelo impiedoso, nocivo e letal coronavírus. Vemos que pouco foi feito na esfera federal, no sentido de neutralizar ou barrar a pandemia no Brasil, a ponto de se achar normal e natural o sistema de saúde colapsado. O povo não pode mais pagar com sua própria vida. Deus vem em socorro dele, no reerguimento e reconstrução de sua dignidade de filhos de Deus, no clamor por vida sim, vacina sim!

Partindo do princípio de que não adianta simplesmente repetir o mandamento maior, acima de tudo, é uma necessidade vital para a vida inteira, pensando, evidentemente, na importância e no valor de nossas iniciativas e ações em favor da vida, na certeza de algo que deve sustentar tudo, naquilo que é permanente e absoluto, que nos parece distante: o reerguimento e a reconstrução.  É a esperança, sim, em meio à pandemia, a contrastar e duelar, deploravelmente, com a fatalidade da insciência, que, além de sombria e necrófila, também vocifera incoerentemente, querendo confundir a boa-fé da nossa gente, com blasfêmia e despautério, no slogan: "Deus acima de tudo".

A fé cristã tem uma resposta consequente para todas as questões, que exigem respostas sólidas, e não simplistas e triviais, mas longe do envolvimento com respostas deletérias, obscurantistas, conspiratórias e infantis, sem valor algum. Não há tempo a perder; negacionismo é sinônimo de morte, justamente ao se viver num momento, mais do que nunca, com todos os desafios, sobretudo o de assumir e carregar a cruz do dia a dia. É preciso, pois, crer e ter uma fé lúcida e segura, deixando de lado as tolices existentes no caminho e também as superstições e as descrenças.

Finalizo com a nota do Pacto pela Vida: “O povo não pode pagar com a própria vida! Nós, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil, sob o peso da dor e com sentido de máxima urgência, voltamos a nos dirigir à sociedade brasileira, diante do agravamento da pandemia e das suas consequências. Nossa primeira palavra é de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos. (...) Sabemos que a travessia é desafiadora, a oportunidade de reconstrução da sociedade brasileira é única e a esperança é a luz que nos guiará rumo a um novo tempo”. Assim seja!

 

*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, escritor e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).

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