A presidência da CEAMA comunicou, no dia 20 de outubro, a aprovação dos Estatutos da Conferência Eclesial da Amazônia pelo Papa Francisco. Algo visto como "uma grande alegria para a Igreja Universal e, em especial, para o Povo de Deus que peregrina na ‘Querida Amazônia’".
Segundo o comunicado, a CEAMA foi erigida como "uma organização da Igreja Católica com personalidade jurídica canônica e pública", o que foi comunicado pelo Cardeal Marc Oullet, Prefeito do Dicastério dos Bispos, através de um Decreto de 3 de outubro de 2022.
O texto vê a aprovação da CEAMA como "fruto do Espírito Santo", destacando um processo sinodal iniciado com a criação da Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM, em 14 de setembro de 2014, cujo primeiro presidente foi o Cardeal Claudio Hummes. O texto relata os passos dados posteriormente: a Carta Encíclica Laudato Si', sobre o cuidado da Casa Comum, que se refere à importância de cuidar da Amazônia, a convocação do Sínodo para a Amazônia, cuja preparação começou com a visita do Papa Francisco a Puerto Maldonado e o processo de escuta confiado à REPAM.
Isto levou à realização do Sínodo da Amazônia. de 6 a 27 de outubro de 2019, onde no documento final uma das propostas era "a necessidade de criar um organismo episcopal que contribuísse para a realização de um plano pastoral conjunto para a região amazônica". Seguindo os passos, como diz o comunicado, "em 29 de junho de 2020, em meio à pandemia da Covid-19, foi criada a Conferência Eclesial da Amazônia, de acordo com a eclesiologia do Concílio Vaticano II", tendo o Cardeal Claudio Hummes como seu primeiro presidente.
No dia de sua renúncia como presidente, 27 de março de 2022, o Cardeal Claudio Hummes expressou a necessidade de elaborar novos Estatutos da CEAMA, que foram aprovados em assembleia em 23 de agosto e entregues pessoalmente ao Papa Francisco em 2 de setembro.
A CEAMA considera sua aprovação jurídica canônica e pública como "motivo de profunda gratidão a Deus, ao Papa Francisco e a todos aqueles que animaram este processo sinodal". Mas também assumem como um desafio "comunicar-nos com as Conferências Episcopais, a fim de explicar a graça especial da CEAMA, como espaço de escuta, discernimento e ação missionária pastoral na Região Amazônica" algo a ser realizado também com as Nunciaturas Apostólicas, buscando ajuda "no reconhecimento legal da CEAMA perante os Estados incluídos no território amazônico".
Finalmente, o comunicado afirma que, "no dia 27 de outubro, celebramos os três anos do encerramento do Sínodo Especial da Amazônia com este presente de Deus: a criação da Conferência Eclesial da Amazônia – CEAMA como ‘uma organização da Igreja Católica com personalidade jurídica canônica e pública’".
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