Durante o encontro da vice-presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o Papa Francisco, um convite especial para uma segunda visita do Santo Padre ao país. O arcebispo de Porto Alegre dom Jaime Spengler e o bispo de Roraima dom Mário Antônio da Silva, foram recebidos por Francisco nesta quinta-feira (13/01), em audiência privada no Vaticano. O presidente da CNBB, dom Walmor de Oliveira, não viajou devido à situação provocada pelas enchentes na Bahia e em Minas Gerais. Já o secretário-geral dom Joel Portella Amado, não participou do encontro por ter contraído Covid-19.
De acordo com os bispos entre os temas abordados no encontro, um deles foi o desejo de ver o Papa novamente em solo brasileiro. Francisco, que fez sua primeira viagem internacional ao Brasil em 2013 por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, expressou o desejo de retornar ao país. Dom Mario e dom Jaime, um do estado ao extremo norte e outro do extremo sul do Brasil, respectivamente, convidaram o Pontífice a visitar regiões importantes e muito significativas do país: a Amazônia e as Missões Jesuíticas.
Dom Mário afirmou que o Papa Francisco tem a Amazônia no coração desde a V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e Caribe, que ocorreu em 2007, em Aparecida (SP). Na época, o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio – hoje Papa Francisco – foi um dos relatores do ‘Documento de Aparecida’. Posteriormente, explica dom Mário, “escrevendo a [encíclica] ‘Laudato si', ele olhou para o mundo todo, para todo o planeta, mas com uma consideração muito específica à nossa querida Amazônia”, afirmou o bispo.
Para o bispo de Roraima, aos quatro sonhos abordados pelo Papa na encíclica – social, cultural, ecológico e eclesial –, pode-se acrescentar um quinto: esperar a visita de um Papa. “É um sonho que a gente não tem data, mas também já tem no coração e na oração”, disse. “Creio que o Papa Francisco não pensa diferente – acrescenta o bispo. Na sua grande vontade de não apenas ser presença e fazer história, mas conviver com a realidade do chão, das pessoas, das comunidades, da Amazônia, na Amazônia”.
O Papa já expressou diversas vezes seu desejo de voltar ao Brasil. Em uma ocasião específica, ao voltar de uma viagem internacional – lembra dom Jaime Spengler –, o Santo Padre afirmou que gostaria de conhecer o Sul do país, em especial a região onde ocorreram as Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul. Tendo em vista essa possibilidade levantada por Francisco, o arcebispo da capital gaúcha, renovou o convite para que ele possa visitar o Estado
Dom Jaime, que é o primeiro vice-presidente da CNBB, disse que o Papa deixou a questão em aberto. Francisco teria lembrado que sua agenda para 2022 está repleta de compromissos e viagens internacionais, mas não descartou a possibilidade. “Podemos imaginar que tudo isso está um pouco no coração do Papa”, afirmou Spengler.
Na entrevista à Rádio Vaticano-Vatican News, o arcebispo definiu que a filosofia que orientou as missões jesuíticas naquela região, foi “algo extraordinário”. Além disso, dom Spengler levantou a possibilidade de uma possível visita “conjugada” do Papa ao Brasil: “certamente seria muito bonito uma visita a esta região [das Missões], talvez também à região Amazônica”. “Creio que no momento que nós vivemos, também em termos ecológicos, temos muito a aprender do que foram as reduções jesuíticas e qual era o objetivo destas mesmas reduções”, acrescenta dom Jaime.
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