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13/05/2021 Dione Afonso | PUC Minas Edição 3936 Maria aponta a direção - Rumo ao XVII Capítulo Geral SDN
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"Que o Espírito sopre ventos novos entre nossos capitulares; que o caminho de Maria nos faça mais sensíveis às dores do povo, acredito que o sonho de Deus passa por aí..."

Além dos mais variados títulos – alguns até ousados, diga-se de passagem – Maria, nascida em Nazaré, recebe ainda outros adjetivos como professora, modelo de fé, sacrário vivo, tabernáculo, intercessora, mediadora, primeira discípula, missionária, inspiradora, discípula fiel, catequista, mãe, enfim... São expressões dirigidas a uma mulher que mudou os rumos da história desde o dia em que a sua vida se converteu num Grande Projeto inspirado pelo Espírito do Pai: “não tenhas medo! O Senhor é contigo!” (Lc 1, 30).

A partir desses adjetivos, mas sobretudo, da própria pessoa de Maria, uma mulher, mãe, jovem, vemos quão significativo se torna o fato de – semelhantes a Maria – sermos também discípulos, fiéis seguidores do Projeto do Pai: “Faça-se em nós segundo a vossa palavra” (Lc 1,38). Sua imagem é espalhada por todo o mundo, em cada realidade, um título faz jus à comunidade local que a coloca como sinal de fé, amor e de esperança. Aquele “Sim” histórico, é também libertador. Hoje os vários títulos de Maria representam, na história, um momento de ruptura social e um pedido de paz. Algo semelhante aconteceu na vida de santos e santas da Igreja: homens e mulheres que, com o seu “Sim”, tentaram instaurar a paz, propagar o amor, anunciar o evangelho e denunciar as injustiças. Hoje, 13 de maio lembramos de Maria como a Virgem Mãe da Eucaristia, Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento.

Maria, Mãe da Eucaristia

Madroeira dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, nossa Congregação enxerga nos gestos de Maria, um sinal não apenas de devoção, mas de entrega, de amor e de caridade eucarísticas. A partir dessa ação devotada à Santíssima Eucaristia, os Missionários Sacramentinos encontram aí um rumo, um caminho, um sinal de como devemos agir no mundo de hoje. O prório Pe. Júlio Maria De Lombaerde, Servo de Deus, reconhece em Maria “o caminho mais certo para chegar ao Filho”. Chamar Maria de Mãe da Eucaristia, é reconhecê-la como Mãe dos Pobres, porque o Cristo Vivo habita neles; é Mãe dos migrantes, pois o Cristo Vivo faz-se morada entre eles; é Mãe dos Povos Indígenas e Ribeirinhos, pois o Cristo Vivo faz-se um igual entre eles; é mãe de cada um de nós, rompendo diferenças e construindo pontes, diálogos e fraternidade, pois somos Eucaristias Vivas, Hóstias partidas e doadas para o povo.

Se a Eucaristia não for esse sinal vivido entre essas pessoas, homens, mulheres, jovens, povos e nações, seu sinal de salvação não terá efeito. A Eucaristia só é vivida em comunidade; a Adoração ao Santíssimo Sacramento encontra sentido quando é vivida e partilhada em comunidade, na mesa, com os irmãos, família, entre os pequenos.

O sonho de Deus para nós

Neste ano, Maria nos direcionará no novo caminho que nos aguarda no limiar do XVII Capítulo Geral. Na oração, nós pedimos que “o sonho de Deus brilhe para nós”. “Que a missão transborde em nossos corações pela força da Palavra encarnada, pela Eucaristia de cada dia”. E, ao rezá-la, fiquei pensando, qual é o sonho de Deus? O que Ele sonha? Que sonhos nós, enquanto Missionários Sacramentinos, alimentamos? O que é preciso fazer para que a missão transborde? Que o Espírito sopre ventos novos entre nossos capitulares; que o caminho de Maria nos faça mais sensíveis às dores do povo, acredito que o sonho de Deus passa por aí... Se não fosse assim, Maria não teria embarcado nessa, não é mesmo?

Amor e sacrifício algo atual

A máxima “Amor e Sacrifício”, talvez precise de ser recuperada. Não numa tentativa de releitura, e nem numa atualização cultural. Amor e sacrifício é atual e sempre estará entre nós, independente de nossa adesão. Desde que ainda os homens e mulheres de hoje, possam abraçar com esperança e sem reservas o Projeto do Pai. De nada adianta uma mulher mudar a história, se anos depois, a história insistir em retroceder. O amor precisa de mais entrega, mais cumplicidade, menos liquidez e maior integridade. Sacrifício é uma palavra que tem sido rejeitada junto de outros vocábulos que expressem certa radicalidade, entrega total e sem reservas, assim como transcendência, horizonte, possibilidades... Os santos souberam viver a radicalidade do Evangelho de acordo com a época em que viveram. É preciso assumir essa radicalidade no mundo em que vivemos e a radicalidade da Vida Religiosa que hoje, precisa reencontrar seu sentido...

É preciso recuperar o desejo da entrega total ao que, de fato, acreditamos ser o sonho de Deus, e o caminho que Maria nos aponta.

Salve 13 de Maio!

Dione Afonso  | PUC Minas

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