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24/11/2021 Luis Miguel Modino - Prensa CELAM Edição 3942 Levar com os outros o transbordamento do Espírito Santo para os povos latino-americanos Apanhado da reflexão de Padre Carlos Galli, conferencista desta manhã de 23 de novembro na Assembleia Eclesial
F/ By L M Modino
"Para sermos missionários precisamos de uma conversão ou reforma permanente, insistiu o teólogo argentino, para o qual precisamos ser discípulos e evangelizados. Uma Igreja em estado de conversão é necessária para ser uma Igreja que comunica o Evangelho."

A Igreja em saída missionária, pelo Espírito de Deus, transborda para a Igreja em missão. Esta foi a reflexão de Carlos Galli na Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, que começou recordando as apresentações dos dois primeiros dias com as quais ele relacionou sua apresentação. O teólogo argentino relacionou sua apresentação com a citação bíblica do dia que nos envia para sermos discípulos missionários, para chamar outros a serem discípulos de Jesus e também para partir em direção a uma saída missionária para os outros.

Transbordamento criativo do Espírito

Segundo Galli, isto é retomado na segunda parte do Documento para discernimento, onde aparece que somos discípulos missionários de Jesus Cristo e um Povo de Deus em saída para as periferias. Ele também tentou orientar o trabalho em grupos, a fim de identificar as principais orientações pastorais para o continente.

Uma reflexão em cinco etapas, a partir do envio missionário no Evangelho de Mateus, que ele então atualizou para a Igreja, sempre num processo permanente de reforma. Em terceiro lugar, ele mostrou a importância da Igreja em saída missionária no Magistério do Papa Francisco, e depois sua influência na Assembleia, a fim de considerar algumas linhas gerais do que ele chamou de transbordamento criativo do Espírito Santo que transborda a práxis de nossa sinodalidade missionária, de nossa missão sinodal.

O texto bíblico que inspira o dia nos chama a cumprir a missão de evangelização dada por Jesus a seus discípulos. Eles são enviados, ele os manda sair e ir para os outros, uma imagem de uma Igreja em saída a todos os povos, o que significa a universalidade da missão. Segundo o Padre Galli, "a missão não é orientada para ser um seguidor individual de Jesus", mas para a comunidade, para a Igreja, para o Povo de Deus. É um chamado à Igreja de Jesus, que começa muito pequena, "para sair de seus limites e ir a todos, até os confins da terra". É um chamado que Jesus faz aos membros da Assembleia, aos quais ele diz novamente: "Ide a todos os povos da América Latina e do Caribe para comunicar o Evangelho que nos faz discípulos de Cristo".

"Para sermos missionários precisamos de uma conversão ou reforma permanente", insistiu o teólogo argentino, para o qual precisamos ser discípulos e evangelizados. Uma Igreja em estado de conversão é necessária para ser uma Igreja que comunica o Evangelho. O Vaticano II fala da reforma da Igreja, algo retomado pelo Papa Francisco em "A Alegria do Evangelho". Conversão e reforma é uma mudança para um estado melhor, para estar em comunhão com Jesus e sua missão. Uma reforma permanente que "nos ajuda a crescer em fidelidade a Jesus e nos faz sair de nossa zona de conforto para alcançar os outros", insistiu o Padre Galli.

Somos todos discípulos missionários em saída

A saída missionária da Igreja, que ele considerou o ponto central de sua reflexão, algo que o Papa Francisco retomou em sua exortação programática, onde nos ajuda a compreender que a Igreja existe para evangelizar, insistindo na saída missionária, na missão como algo programático na Igreja, no avanço na conversão pastoral e missionária, em não deixar as coisas como estão, algo que deve ser abordado nesta assembleia, nas palavras de Galli, e junto com isto, o sonho do Papa Francisco de uma opção missionária capaz de transformar tudo.

A conversão pastoral e a saída missionária são vistas pelo teólogo argentino como um convite a todo o Povo de Deus e a toda a Igreja para entrar em um processo completo de saída missionária, a fim de comunicar a vida plena de Jesus Cristo. A inspiração vem de Aparecida, diz Galli, que vê o discipulado e a missão como dois lados da mesma moeda. Uma Igreja peregrina que caminha entre os povos, sinodalmente, que é essencialmente missionária, insiste ele. O Papa Francisco, no Madison Square Garden em Nova York, nos convidou a ir ao encontro de outros onde eles estão e, como eles estão, para tirar a vida como ela vem, temos que nos converter, o que Galli considera ser a lógica desta Assembleia Eclesial.

"Somos todos discípulos missionários em saída" é uma síntese magistral e existencial que nos dá uma mística de saída para os outros, de acordo com o teólogo. "Manter a doce e reconfortante alegria de evangelizar", é uma das frases que marcam o pontificado do Papa Francisco, de acordo com o teólogo argentino. Algo que se refere à alegria missionária que brota do coração e por transbordamento nos leva a compartilhar a Boa Nova de Jesus com todos.

Nas últimas décadas, a Igreja da América Latina e Caribe fortaleceu sua comunhão pastoral, disse Galli, algo que começou no Rio de Janeiro em 1955 e com a criação do CELAM, tomou medidas para fortalecer uma identidade eclesial comum e traçar juntos linhas pastorais, algo que foi fortalecido nas conferências gerais do episcopado, na CEAMA e que queremos fazer nesta Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe. Em um novo passo, em novas circunstâncias, trata-se de trazer com outros o transbordamento do Espírito Santo para os povos latino-americanos.

Tocar as feridas mais profundas

Alguns eixos fundamentais foram apontados pelo teólogo, pensando no trabalho em grupo: O cristocentrismo trinitário do kerygma, que deveria nos ajudar a alcançar as gerações mais jovens; em Cristo recebemos a terna misericórdia de Deus, que vem tocar as feridas mais profundas; a fraternidade entre todos os povos, um desafio em um continente ferido pela desigualdade; vivê-la com a lógica do Bom Samaritano, saindo de nós mesmos, nos tornamos próximos, somos movidos por toda miséria humana, tomamos o lado das vítimas, uma parábola que nos dá a chave básica para reconstruir este mundo que nos machuca; caminhar em direção a uma nova pastoral urbana, uma prioridade segundo o Documento para o discernimento, com o desafio de reconhecer que Deus vive na cidade e entre os cidadãos; o Espírito se manifesta em um transbordamento de criatividade.

É algo que é comunicado, não porque cada um o propõe, mas porque vem das profundezas e é livremente compartilhado. O Papa Francisco fala de um transbordamento de misericórdia diante do sofrimento de nossos povos, de um transbordamento de diálogo sinodal em uma Igreja no caminho, nesta Assembleia Eclesial, de um transbordamento em missão, com grandes desafios, confiando no Espírito Santo para que Deus nos ajude a proclamar a Alegria do Evangelho e o Evangelho da Alegria através da missão.

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