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25/05/2021 Dom Paulo Mendes Peixoto Edição 3936 Comunicação: mídia com responsabilidade
F/ Pixabay
"a mídia deve cumprir sua missão, com muita responsabilidade, para desbaratar privilégios e ajudar os mais frágeis. Também nas redes sociais, onde todos devemos ser responsáveis, não se pode ser agente de comunicação não verificável e sem fundamento. Por isso é preciso “ir, ver e partilhar” com os dados da honestidade."

 Os papas dos últimos anos têm externado suas preocupações em relação ao grande valor dos Meios de Comunicação Social, vendo neles possibilidades para provocar uma cultura de vida e de paz. Isso está evidente na Mensagem do Papa Francisco, de 23 de janeiro de 2021, para o 55º Dia Mundial das Comunicações, com o tema bíblico “Vem e verás” (Jo 1,46), para haver fidelidade e verdade na notícia.

Ir ao encontro da realidade é essencial para não acontecer uma comunicação só de presunção, sem transparência e desonesta. O ir para ver a verdade supõe “gastar a sola dos sapatos” para individuar os fenômenos sociais mais graves e não comunicar só por ouvir dizer. A verdade, quando comunicada com integridade e honesta, liberta e pode transformar uma realidade de injustiça em condições humanas.

Apesar das entrelinhas embutidas na grande comunicação, o Papa diz uma palavra de agradecimento ao corajoso trabalho realizado pelos jornalistas, especialmente os que se movem para ver a realidade antes de a comunicar. Muitas situações difíceis da humanidade, abusos e injustiças contra os pobres não seriam conhecidas sem os MCS, com perdas para a informação, a sociedade e a democracia.

No surto da pandemia, quando afloram tantos desvios com atitudes desonestas, a mídia deve cumprir sua missão, com muita responsabilidade, para desbaratar privilégios e ajudar os mais frágeis. Também nas redes sociais, onde todos devemos ser responsáveis, não se pode ser agente de comunicação não verificável e sem fundamento. Por isso é preciso “ir, ver e partilhar” com os dados da honestidade.

A cena de Pentecostes retrata a identidade da comunicação, que depende de palavras, de olhos, de voz e de gestos. Os discípulos se tornaram comunicadores autênticos da Ressurreição de Jesus e se convenceram da verdade sobre Ele porque vivenciaram tudo aquilo. Eles estavam presentes, viram, tocaram, se envolveram e partilharam o que viram. Portanto, não foi uma comunicação vazia e nem falsa.

Existem hoje muitas eloquências vazias, falas com infinidade de nadas, justamente por não ir à fonte para checar se é verdade. A comunicação que vem de Pentecostes é fruto do encontro de pessoas, coração a coração, de uma fé centrada na presença de Jesus Cristo ressuscitado. Foi momento do envio dos discípulos para fazer uma comunicação inspirada na força do Espírito Santo para criar esperança.

Arcebispo de Uberaba.

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