O segundo dia da Assembleia dos Organismos do Povo de Deus teve início com a Celebração Eucarística, presidida por Dom Jaime, 1º Vice Presidente da CNBB. Em sua breve homilia, destacou três pontos: primeiro, a ação de graças por podermos nos encontrar como irmãos e irmãs ao redor da mesa da Palavra e da mesa do Pão; segundo, abrir o coração para acolher aquilo que o Espírito tem a nos dizer, pois as opiniões, marcadas pela subjetividade, confundem e, segundo ele, experimentamos isso no contexto atual do Brasil, quer na sociedade como na Igreja; terceiro, o testemunho de vida eclesial, para que a Assembleia possa ser uma expressão do que é, de fato, a vida da Igreja. Que possamos nos abrir para o novo que o Espírito quer de nós, para respondermos aos desafios que o tempo nos apresenta, tendo como medida o Evangelho de Nosso Senhor.
Após o café Dom Joel Portela, Secretário da CNBB, em preparação para o trabalho em oficinas, discorreu sobre o processo sinodal na Igreja do Brasil. Enfatizou a caminhada feita até o momento, a experiência pessoal de cada um e a síntese nacional enviada a Roma. Das sínteses enviadas à CNBB, ressaltou o desafio da síntese final organizada em três eixos: Valores, Preocupações e Sugestões. Para o trabalho da manhã focou-se nos dois primeiros eixos deixando as sugestões para serem apresentadas na parte da tarde em outro momento de trabalho em grupos. Formaram-se quatro grupos: 1. Ministerialidade; 2. Ação Sócio- Transformadora; 3. Solidariedade aos vulneráveis; 4. Cuidado com a Casa Comum. Na parte da tarde o trabalho das oficinas ocupou-se na busca de sugestões a serem apresentadas para as próximas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil.
Em dois momentos, um pela parte da manhã e outro pela parte da tarde, ocorreram partilhas de vida, com testemunhos de representantes de cada um dos Organismos do Povo de Deus. Cada testemunho procurava identificar como a sinodalidade está sendo vivida em diferentes regiões. Foi um momento enriquecedor sinalizando o Evangelho transformado em ação diante de realidades desafiantes, na busca da justiça, da solidariedade e na promoção da vida. Foram destacadas ações e projetos desenvolvidos com a juventude, iniciativas de geração de renda, defesa dos povos originários e da Casa Comum, empoderamento da mulher, acolhida e amparo de crianças em situação de vulnerabilidade, participação nas lutas populares e na promoção humana, entre outras.
Na parte da tarde, antes do segundo momento das oficinas, ouve a apresentação de uma minuta da “carta compromisso” a ser aprovada no final da Assembleia e uma breve “fila do povo”. Nesta “fila” sobressaiu o anseio de uma maior participação dos organismos na vida eclesial salientando que os eixos sinodais “Comunhão, Participação e Missão” formam um conjunto e devem ser tomados sem uma hierarquização de um sobre os demais. Com isso manifestou-se o anseio da criação de mecanismos que garantam maior participação efetiva de todos. Também retomou-se o anseio pela criação de uma Conferência Eclesial do Brasil, apelo que vem desde a Assembleia do Conselho Nacional do Laicato, celebrada em agosto deste ano. Outro anseio apresentado foi a manutenção da denominação CEBs: “Comunidades Eclesiais de Base”, por sua raiz na história e teologia latino-americanas. Os Intereclesiais expressam o encontro e o trabalho conjunto de comunidades, Igreja viva, e, desde às suas origens, são expressão viva de sinodalidade no seio da Igreja.
Os trabalhos do dia foram encerrados com a oração do terço e com uma alegre confraternização, espaço onde todos juntos, irmãos e irmãs partilham um pouco da alegria que queremos que todos experimentem na Igreja e na sociedade, sinal das alegrias que nos aguardam no Reino definitivo.
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