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30/08/2022 Luis Miguel Modino - Prensa CELAM Edição 3950 Cardeal Barreto: "Praedicate Evangelium, um tempo forte para sentir que somos todos Povo de Deus"
"Há uma presença do Espírito naqueles que não aparecem fortemente no mundo, na humanidade e também na Igreja". Neste sentido, expressou a sua convicção de que "a América Latina está agora a animar a Igreja universal", algo que tem de ser dito, "com grande humildade, mas ao mesmo tempo com grande clareza."

O Cardeal Pedro Barreto define o encontro de todos os cardeais com o Papa a 29 e 30 de agosto como um Kairos, "um tempo de Deus, um tempo de esperança, um tempo para nos confirmar na nossa fé e também para nos confirmar neste processo sinodal da reforma da Igreja que o Concílio Vaticano II nos pediu. É um tempo propício à comunhão, à participação e à missão evangelizadora".

O presidente da Conferência Eclesial da Amazónia (CEAMA), insiste que "este é um momento privilegiado, porque confirma que a Praedicate Evangelium visa a reforma da Cúria Romana, também nas conferências episcopais, e portanto também nesta primeira e sem precedentes Conferência Eclesial da Amazônia, que se encontra no processo final de confirmação pontifícia do Papa Francisco".

A última Constituição Apostólica do Santo Padre "é um compromisso de viver a espiritualidade do Concílio Vaticano II, um momento forte para nos sentirmos todos Povo de Deus". Para o Arcebispo de Huancayo (Peru), "vivemos muitas vezes a nossa fé isolados, desligados uns dos outros, pensando mais no que nos divide ou diferencia dentro da Igreja Católica e esquecendo o que é fundamental". Face a esta perspectiva, "a sinodalidade coloca-nos neste caminho de renovação da Igreja", sublinha o Cardeal Barreto.

"Estes dois dias são dias de reafirmação desta unidade na diversidade cultural e social da nossa Igreja Católica", de acordo com o presidente da CEAMA. A par do Kairos, "há um tempo cronológico que poderíamos dizer ser o tempo dos homens", afirma o cardeal. Isto leva-o a refletir sobre as previsões que alguns estão a fazer em relação à renúncia do Papa Francisco.

Perante estes rumores, depois de o ter visto e ouvido no consistório do sábado passado, não hesita em afirmar que "na verdade, o Papa está na plenitude do seu serviço como bispo, com muito entusiasmo e com muita clareza sobre onde temos de continuar a caminhar". Referindo-se ao que ele chama "este tempo dos homens que vamos cumprir esta segunda e terça-feira com o Papa Francisco, todos os cardeais, é um tempo muito especial de conversão, um tempo propício para manter viva a esperança".

Olhando para o Concílio Vaticano II, o Cardeal Pedro Barreto recorda que "nos convidou a viver um processo de renovação a partir da periferia, como diz o Papa Francisco, dos mais pobres, desta missão evangelizadora que a Gaudium et Spes nos aponta". Na sua opinião, um exemplo disto é "a eleição do cardeal de 48 anos da Mongólia e de outros lugares longe do centro do cristianismo, que é Roma", algo que, segundo o Arcebispo de Huancayo, "nos está a indicar que estamos neste processo desde a periferia até ao centro, que é o que também estamos a viver com o Sínodo Amazónico".

Para o presidente da CEAMA, que não esqueçamos que é uma das propostas do Sínodo para a Amazónia, "o Papa Francisco foi muito claro, desde a periferia existencial da América Latina até ao mundo, este Sínodo Amazónico está a dar este processo de crescimento sinodal a partir do território mais pobre e mais remoto. Estamos a viver a espiritualidade do Concílio Vaticano II e que está unida a esta afirmação de Jesus, que os pobres são evangelizados, como presença do sinal do rito".

Ele recordou as palavras do Papa no Consistório, quando falou das brasas, que mostram que "há uma presença do Espírito naqueles que não aparecem fortemente no mundo, na humanidade e também na Igreja". Neste sentido, expressou a sua convicção de que "a América Latina está agora a animar a Igreja universal", algo que tem de ser dito, "com grande humildade, mas ao mesmo tempo com grande clareza".

O Arcebispo de Huancayo vê esta brasa na "religiosidade popular, este processo sinodal que estamos a viver na América Latina é um entusiasmo que desperta à nossa volta a possibilidade de poder contribuir para Cristo e para a Igreja universal". É por isso que ele insiste que "esta brasa está a encorajar-nos a partilhar o fogo partilhado por todos a procurar realmente o que Deus quer para nós neste momento da história da humanidade e da Igreja".

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