Roteiros Pastorais Palavra de Vida
Compartilhe esta notícia:
09/01/2022 Antônio Carlos Santini Edição 3944 9/01/2022 – Tu és o meu Filho... (Lc 3,15-16.21-22)
F/ Pixabay
"Batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, também nós somos chamados a participar da vida divina. Assim transfigurados, veremos repetir-se no coração da Igreja, ao longo dos séculos, a mesma teofania do Batismo de Jesus. Já somos filhos “no Filho”, com Ele configurados, alvos do amor do Pai e templos vivos do Espírito de Deus."

9/01/2022 – Tu és o meu Filho... (Lc 3,15-16.21-22)

A longa fila dos pecadores entrava nas águas do Jordão. Conclamado por João Batista, que anunciava a proximidade do Reino de Deus, o povo se reconhecia pecador e aceitava o “banho” penitencial. A surpresa foi quando se aproximou Jesus, o Cordeiro sem mancha, misturando-se aos pecadores. Em sua humildade sem medidas, Jesus de Nazaré quer estar em tudo solidário com os homens, a ponto de tomar parte naquele humilde rito de penitência.

Atenção! Não se trata de um sacramento, como o batismo que a Igreja ministra, a mando do Senhor, desde Pentecostes. No Sacramento do Batismo, nós somos adotados pelo Pai, configurados com Cristo e habitados pelo Espírito Santo. Ora, desde a eternidade, o Verbo era Filho do Pai, tinha sua própria Face e a mais profunda comunhão com o Espírito. Logo, não “precisava” de nenhum batismo sacramental!

Foi nesse exato momento, quando Jesus ainda estava no meio das águas, que a voz do Pai ressoou nas nuvens, para identificar no “Filho do Homem” o próprio Filho de Deus: “Eis o meu bem-amado! O meu bem-querer! Aquele que acolhe todo o meu amor!” Simultaneamente, João, o Batizador, vê descer sobre Jesus, em forma corpórea, como uma pomba celeste, o Espírito de Deus. Estamos diante de uma teofania trinitária: de fato, o Deus Trino decidira habitar no meio dos homens!

Assim comenta o teólogo Urs von Balthasar: “Acima deste acontecimento, Deus se deixa conhecer como o Deus-Trindade: o Pai que envia, confirma seu “Filho bem-amado” que, em virtude de um amor livre, cumpre a vontade trinitária de salvação. O Espírito Santo voa sob a forma de uma pomba entre o Pai do céu e o Filho que reza sobre a terra; ele transmite a este a vontade do Pai e leva a prece do Filho ao Pai. Entre o batismo e a cruz-ressurreição, tudo corresponderá a esta forma aqui visível da decisão trinitária de salvação.”

Batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, também nós somos chamados a participar da vida divina. Assim transfigurados, veremos repetir-se no coração da Igreja, ao longo dos séculos, a mesma teofania do Batismo de Jesus. Já somos filhos “no Filho”, com Ele configurados, alvos do amor do Pai e templos vivos do Espírito de Deus.

As águas do Jordão são águas de misericórdia...

Orai sem cessar: “Todas as minhas fontes se acham em Ti!” (Sl 87, 7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Leia também:
Reconstruir a vida e a sociedade com saúde para todos
Para a Paz em 2022

Sinodalidade e Missão da Igreja

Espírito Renovado

22 missinários mortos em 2021

Solidariedade aos atingidos pelas enchentes

Senso Moral na pós-verdade

Jesus x Papai Noel: uma reflexão necessária

Desmond Tuto: um grade guerreiro da justiça

Sexualidade e amor conjugalIncômoda mensagem de natal
Bendito o fruto do teu ventre...

Ecos e perspectivas da Assembleia Eclesial

Os gritos dos excluídos, porque incomodam...

A dor do suicídio

Enfrentamento ao tráfico humano

Assembleia Eclesial, grande avanço

Cassino Brasil

Os bispos devem comportar-se como os fiéis

Assembleia Eclesial: Esperança entre luzes e sombras

O suicídio no clero do Brasil
Sinodalidade: envolver todos os sujeitos

Acesse este link para entrar nosso grupo do WhatsApp: Revista O Lutador Você receberá as novas postagens da Revista O Lutador em primeira mão.

Compartilhe esta notícia:
Nome:
E-mail:
E-mail do amigo:
DEIXE UM COMENTÁRIO
TAGS
ÚLTIMAS NOTÍCIAS