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30/06/2019 Santini Edição 30/06/2019 – Tu és o Cristo!. (Mt 16,13-19)

PALAVRA DE VIDA

30/06/2019 – Tu és o Cristo!. (Mt 16,13-19)

            A solenidade de São Pedro e São Paulo não existe para o louvor popular de dois excelentes seguidores de Jesus de Nazaré: ela é a celebração da Igreja, Corpo de Cristo. E Pedro e Paulo só aparecem no catálogo por serem membros desse mesmo Corpo, ramos vivos da Videira eterna.

            Neste Evangelho, temos uma pergunta do Mestre aos discípulos: “Que dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” Aquele que pergunta é sempre uma pergunta. Cristo é uma permanente interpelação a cada ser humano: “Quem sou EU para você?” E aqui temos o núcleo de toda catequese. Enquanto não se reconhece a pessoa de Jesus Cristo, é inútil pendurar enfeites sobre práticas e devoções, sacramentos e preceitos.

            Pedro tem a resposta. Pedro faz a profissão de fé, que é a confissão de toda a Igreja. Ele identifica o filho do carpinteiro como o Filho do Deus vivo. Sem este fundamento, toda a construção não ficaria de pé. Sem ela, os evangelhos seriam histórias piedosas, lendas do passado...

            No papel de “primeira boca” do Corpo de Cristo a se abrir para a profissão de fé, Pedro mostra a necessidade de outros confessores que, geração após geração, renovem a notícia da presença do Filho de Deus entre nós. Como observa o beneditino François Trévedy, a Igreja não responde de uma vez por todas; sua construção se faz EM sua própria confissão de fé, atualizada, recolocada ao sabor do dia da Páscoa.

            Hoje, em Cesareia de Filipe, Pedro é confessor com palavras, uma frase repleta de emoção. Mais tarde, in vinculis, o velho pescador renovará a confissão com seu martírio, crucificado em Roma. A Igreja canoniza os mártires exatamente por comprovar em seus martírios o ato de fé definitivo. Cada vez que alguém dá a vida por causa de Jesus, ressoa nos ares a mesma proclamação: - “Tu és o Cristo!”

            Não admira que, logo após sua profissão de fé, Pedro receba o poder de ligar e desligar. Esta missão libertadora é confiada à Igreja pelo Libertador. E é alicerçada na fé de Pedro – revivida por ela mesma – que a Igreja liberta o homem de suas cadeias, oferecendo-lhe canais para participar da fonte da vida.

            Enquanto houve uma voz a clamar: “Tu és o Cristo!”, permanecerá à disposição da humanidade aquela ponte para o Pai que o Filho estendeu no alto do Calvário...

Orai sem cessar: “Eu cri, por isso falei!” (Sl 116,10)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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