Roteiros Pastorais Homilética
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11/10/2019 Dom Emanuel Messias de Oliveira Edição 3915 28o Domingo do Tempo Comum - 13/10/2019
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"“Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” (Lc 17,13)"

28o Domingo do Tempo Comum - 13/10/2019

“Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” (Lc 17,13)

Leituras: 2Rs 5,14-17; Sl 97[98]; 2Tm 2,8-13; Lc 17,11-19

 

  1. O único Deus. No tempo de Elias e Eliseu (séc. IX a.C.), os sírios invadiam com frequência o território de Israel. Uma vez raptaram uma jovem israelita, entregue ao general sírio chamado Naamã. Ele sofria de doença da pele. A jovem o aconselha a procurar o profeta Eliseu na certeza de que ele podia curá-lo em nome de Javé.

Naamã reconhece que não há outro Deus na terra a não ser em Israel (v. 15). O profeta não aceita nada em paga, para mostrar a gratuidade das ações de Deus.

O texto ensina: 1) O profeta não restringe seu trabalho ao povo de Israel, mas está a serviço de Deus doador da vida para todos. 2) As ações de Deus são totalmente gratuitas. O povo deve viver um novo tipo de relacionamento baseado no serviço e na gratuidade. E deve depositar plena confiança em Deus. 3) Para Naamã, Deus morava apenas em Israel, mas Deus está presente no mundo todo, obra de suas mãos. Ele é o único Deus em todo o universo.

 

  1. Resistir na fé. Os cristãos são chamados à resistência na fé, pois também Jesus resistiu a todo o tipo de sofrimento e sem vacilar enfrentou a morte, mas depois ressuscitou dos mortos (v. 8). Paulo prega o Evangelho de Jesus morto e ressuscitado para que cada cristão possa resistir a todo tipo de sofrimento e ser capaz de enfrentar até mesmo a morte, se for preciso, por causa de Jesus.

Paulo sofre por causa do seu Evangelho a ponto de estar acorrentado como malfeitor. Mas a Palavra de Deus não está algemada (v. 9b) Ninguém pode prendê-la. Isto dá força e coragem para o apóstolo suportar qualquer coisa por causa dos escolhidos. Ele quer que “também eles alcancem a salvação que está em Jesus Cristo, com a glória eterna”.

O hino batismal dos vv. 11-13 salienta a caminhada daqueles que estão unidos a Cristo neste mundo, na certeza de que continuarão unidos a ele no outro. “Se negarmos o Cristo, é claro, ele também nos renegará; mas se morrermos com ele, com ele viveremos, se sofrermos com ele, com ele reinaremos”. Em síntese, ser cristão é perseverar, morrer, viver e reinar com Cristo.

 

  1. O estrangeiro agradecido. Jesus continua sua caminhada para Jerusalém. Passando por Samaria, dez leprosos vieram ao seu encontro com esperança de serem curados (vv. 12-13). O texto diz que um era samaritano e insinua que os outros nove eram judeus. Judeus e samaritanos não combinavam, mas aqui eles caminhavam juntos. É que a miséria e a exclusão só encontram saída através da solidariedade.

Os dez leprosos pararam ao longe, pois eles não podiam aproximar-se das pessoas; deviam morar fora do povoado, longe do convívio social, com vida de um verdadeiro excluído. Os leprosos simbolizam, no Evangelho, todos aqueles que a sociedade marginaliza, simbolizam todos os excluídos de ontem e de hoje. Eles apelaram para a compaixão de Jesus (v. 13), que os atendeu e mandou-os apresentarem-se ao sacerdote, que era o encarregado de dar alta aos doentes, depois de analisar e perceber a cura. O evangelista salienta que ficaram curados enquanto caminhavam. Jesus também caminhava para Jerusalém. A cura, portanto, está na caminhada do cristão, no engajamento a serviço do outro na comunidade; a cura está no seguimento de Jesus.

Só o samaritano voltou para dar glória a Deus e agradecer. Os nove judeus não voltaram. Jesus fica sentido com a insensibilidade e a falta de gratidão dos judeus. Esta expressão - “dar glória a Deus” - é atribuída por Lucas aos pobres e oprimidos, que Jesus encontra em seu caminho, libertando-os da marginalidade (cf. 2,20; 5,25; 13,13; 18,43). Todos foram curados, mas só ao samaritano Jesus diz: “Levante-se e vá. Sua fé o salvou”. O samaritano levantou-se como um ressuscitado, como um homem curado física e espiritualmente, e como cristão deve prosseguir sua caminhada de fé: “Vá. Sua fé o salvou!”

 

Leituras da semana

dia 14: Rm 1,1-7; Sl 97[98],1.2-3ab.3cd-4; Lc 11,29-32

dia 15: Rm 1,16-25; Sl 18[19],2-3.4-5; Lc 11,37-41

dia 16: Rm 2,1-11; Sl 61[62],2-3.6-7.9; Lc 11,42-46

dia 17: Rm 3,21-30; Sl 129[130],1-2.3-4.5-6; Lc 11,47-54

dia 18: 2Tm 4,10-17b; Sl 144[145],10-11.12-13ab.17-18; Lc 10,1-9

dia 19: Rm 4,13.16-18; Sl 104[105],6-7.8-9.42-43; Lc 12,8-12

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