26o Domingo do Tempo Comum - 29/09/2019
“Agora ele encontra consolo e você é atormentado.” (Lc 16,25b)
Leituras: Am 6,1a.4-7; Sl 145[146]; 1Tm 6,11-16; Lc 16,19-31
Os nobres da Samaria sentem-se seguros em suas riquezas (v.1) como se fossem abençoados por Deus. Sua vida ociosa, desregrada, cheia de festa e orgias, na ostentação e no luxo, é um desrespeito pelo pobre, que eles desprezam. Eles não se importam com a ruína de José.
Eles se enganam com o “dia do Senhor”. Este dia não será de paz, segurança e prosperidade. Ele vai marcar o fim das festas dos boas-vidas. O v. 7 é fulminante: “É por isso que ireis acorrentados à frente dos cativos!” É a realidade do exílio assírio que está às portas.
O ideal cristão é apontado, sinteticamente, através dessas seis virtudes lembradas no v. 11: a justiça, como o agir honesto e reto nas relações humanas; a piedade como o reto agir diante de Deus; a fé como adesão plena não às coisas, mas à pessoa de Jesus; o amor como expressão comunitária da fé; a perseverança como a capacidade de superar os conflitos internos e externos e, finalmente, a mansidão como imitação do Mestre que disse: “Eu sou manso e humilde de coração”. O v. 12 insiste sobre o combate da fé. A fé é uma luta perseverante até a vitória total. O ideal cristão é o testemunho até o martírio. Onde está o centro de suas atenções: no dinheiro, no poder, no prazer?
Havia um rico que vivia no esbanjamento de comida, bebidas e roupas finas e não dava o mínimo de atenção aos pobres. Havia um pobre que vivia do outro lado do mundo do rico. Mas ele tinha uma coisa importante, tinha um nome. Chamava-se Lázaro, que quer dizer: “Deus ajuda”. Apesar de não o percebermos com os olhos da carne, Deus está do lado dos pobres e os chama pelo nome.
O 1o pedido do rico é um dedo para refrescar sua língua (v. 24). Incrível! Onde estão os tonéis de vinho da mesa do rico? Tudo mudou! O egoísmo dos ricos é um abismo intransponível diante dos pobres, só superável pela conversão dos ricos, pois eles mesmos é que cavam este abismo.
O 2o pedido do rico roga que Lázaro desça como testemunho para os seus cinco irmãos, para eles não terem o mesmo fim (v. 28). Abraão responde que basta eles ouvirem a Lei e os Profetas (v. 29). Mas o rico só acredita em fatos extraordinários como a ressurreição de um morto. Será? Abraão afirma que quem é insensível ao apelo da Lei e dos Profetas e não é capaz de ouvir o grito dos excluídos, não será sensível diante da ressurreição de um morto. Os ricos de hoje são sensíveis à ressurreição de Jesus? A única chance dos ricos está na partilha dos seus bens com os pobres (cf. Lc 19,8 - a partilha de Zaqueu).
Leituras da semana
dia 30: Zc 8,1-8; Sl 101[102],16-18.19-21.29 e 22-23; Lc 9,46-50
dia 1º: Zc 8,20-23; Sl 86[87],1-3.4-5.6-7; Lc 9,51-56
dia 2: Ex 23,20-23; Sl 90[91],1-2.3-4.5-6.10-11; Mt 18,1-5.10
dia 3: Ne 8,1-4a.5-6.7b-12; Sl 18[19],8.9.10.11; Lc 10,1-12
dia 4: Br 1,15-22; Sl 78[79],1-2,3-5.8.9; Lc 10,13-16
dia 5: Br 4,5-12.27-29; Sl 68[69],33-35.36-37; Lc 10,17-24