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25/10/2019 Antônio Carlos Santini Edição 25/10/2019 – Avaliar o tempo presente... (Lc 12,54-59)

PALAVRA DE VIDA

25/10/2019 – Avaliar o tempo presente... (Lc 12,54-59)

            Mais de uma vez os adversários de Jesus o tentaram, cobrando dele um “sinal”. Também entre nós há gente ansiosa por “sinais”, seja o sol girando no espaço, sejam aparições improváveis ou fenômenos astrais.

            Ora, a presença do Filho de Deus encarnado, suas palavras e seus gestos deveriam ter sido “sinais” mais que suficientes para que seus contemporâneos fizessem penitência e acolhessem o Messias prometido.

            Neste Evangelho, não sem uma dose de ironia, Jesus cobra de seus opositores, tão ágeis em ler os sinais das variações climáticas, relacionando as nuvens e a chuva, a mesma perspicácia em perceber os “sinais dos tempos presente”.

            São João Crisóstomo [344-407 d.C.] põe estas palavras na boca de Jesus:

            “Vós sabeis julgar o aspecto do céu e não podeis conhecer os sinais dos tempos? No céu, vós descobris sinais que pressagiam a tempestade e sinais que deixam prever a calma. Quando vistes os sinais da tempestade, já não esperais pela calmaria. E já não temeis a tempestade quando é a calma que vos é anunciada. Pois assim devíeis pensar a meu respeito.

            Um é o tempo do advento presente, outro será o tempo da Vinda futura. Hoje, os sinais que eu realizo sobre a terra são indispensáveis; quanto aos sinais que se realizarão no céu, estarão reservados para o advento futuro. Agora, eu vim como médico; então eu virei como juiz. Agora, eu venho procurar aqueles que se desgarraram; então eu virei pedir-lhes conta de seus atos.

            Eis por que eu vim sem fragor; mas então eu virei com o mais chocante aparato, retirarei o céu, obscurecerei o sol, e a lua já não dará sua luz. Então as forças do céu serão abaladas; então minha chegada será instantânea, semelhante ao relâmpago, minha presença atingirá de súbito todos os olhares. [...]

            Que sinal ireis comparar à remissão dos pecados? Que há de mais potente que chamar os mortos para a vida, expulsar os demônios, restaurar o corpo humano e todas as coisas?”

            E foi assim que Jesus se negou a dar qualquer sinal, exceto o “sinal de Jonas” – sua própria ressurreição ao terceiro dia.

            Hoje, também nós podemos dispensar outros sinais. Basta-nos acompanhar o noticiário da TV e já teremos suficientes propostas para mudar de vida e buscar as coisas do alto. De preferência, antes da chegada do Juiz...

Orai sem cessar: “Maran atha! Vem, Senhor!” (1Cor 16,22)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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