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16/01/2022 Antônio Carlos Santini Edição 16/01/2022 – Estava lá a mãe de Jesus... (Jo 2, 1-11)
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PALAVRA DE VIDA

16/01/2022 – Estava lá a mãe de Jesus... (Jo 2, 1-11)

Eis um simples casamento na roça. Em Caná de Galileia. Mal iniciada a festa, o vinho vem a faltar. Para os padrões daquela sociedade, casamento sem vinho é um fracasso. Onde está o vinho, aí está a alegria. Tudo faz pensar em gente pobre, um noivo sem muitos recursos e – quem sabe – uma inesperada afluência de “convidados”: os numerosos discípulos que já acompanhavam Jesus de Nazaré.

Mas, como anota o evangelista João, “estava lá a Mãe de Jesus”. E foi ela quem percebeu a situação constrangedora. Enquanto os convivas cuidam de si mesmos, ela está atenta às necessidades dos outros. Por isso mesmo, Maria se dirige ao Filho e apresenta-lhe a situação: “Eles não têm vinho...” E o faz como quem sabe muito bem que seu Filho tem condições de resolver o problema. A Mãe conhece o seu Filho.

Até onde dá a perceber o texto um tanto obscuro, Jesus parece tentar esquivar-se do caso, como se não tivesse nada a ver com a situação. Maria ouve a resposta do Filho, mas age como quem vê por outro ângulo. E dá aos serventes – seguramente primos e parentes do noivo – a ordem que ainda ressoa em nossos ouvidos: “Fazei tudo o que ele vos disser!” A obediência deles garante a todos um agradável desfecho: notável quantidade de vinho, somada à qualidade ainda mais notável!

Esta passagem do Evangelho de João, por mais pitoresca que ela seja, acaba por se tornar “incômoda” para aqueles que duvidam da intercessão da Mãe de Deus. Temos uma situação bem concreta: há uma necessidade material, Maria a percebe e pede a interferência de Jesus. Apesar de uma recusa inicial, o Mestre “cede” e faz o primeiro milagre de sua vida pública.

Pior! Não se trata de alguma cura que pudesse ser traduzida como fenômeno “psicossomático” ou alucinação coletiva: trata-se de uma autêntica transformação da matéria, água transmudada em vinho, com todas aquelas diferenças organolépticas que envolvem cor, aroma e sabor.

Daquele dia em diante, os pobres da roça ficaram sabendo que a Mãe pode influir nas decisões do Filho. Ficaram sabendo que a misericórdia move o poder. Os acadêmicos continuam esperneando. Mas os pobres preferem crer em seus próprios sentidos...

 

Orai sem cessar: “Mãe dos pobres, rogai por nós!”

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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