Roteiros Pastorais Palavra de Vida
Compartilhe esta notícia:
14/05/2022 Antônio Carlos Santini Edição 14/05/2022 – E vossa alegria seja completa... (Jo 15,9-17)

PALAVRA DE VIDA

14/05/2022 – E vossa alegria seja completa... (Jo 15,9-17)

            Existem muitas alegrias. O garotinho se contenta com um pirulito melado. O adolescente se alegra com a agitação do videogame. O adulto fica eufórico com a vitória de seu time, especialmente depois de uma partida difícil. Mas o pirulito logo acaba. Depois de repetido várias vezes, o game dá tédio. E na próxima rodada, o time pode perder nos pênaltis. Alegrias passageiras. Alegrias parciais. Não é isso que enche o coração do homem...

            Neste Evangelho, dois pontos precisam ser ligados. Primeiro, a declaração de Jesus: “Eu vos amo como meu Pai me ama”. É algo excepcional. O amor do Pai pelo Filho é um amor sem medidas, na medida do infinito de Deus. E é na mesma “medida” que o Filho, Jesus, nos ama. Afinal, ele deu a vida por nós.

            O segundo ponto é a “explicação” que Jesus apresenta: “Eu vos disse isso para que minha alegria esteja em vós, e vossa alegria seja completa”. De que “alegria” ele está falando? Da alegria de ser amado pelo Pai. Somente esta pode ser, de fato, uma alegria “completa”, ou seja, que não vai passar, que não deixa lacunas nem vazios em nossa vida.

            Quando a mística espanhola cantava: “Solo Dios basta”, ela falava de uma experiência pessoal. Aquela alegria que não se encontra no dinheiro, na prata trazida das Américas, nos títulos de nobreza, o sucesso das empresas mundanas, essa alegria plena Teresa encontrou ao se sentir amada por Deus. Por isso, pode cantar: “Nada te turbe. Nada te espante”.

            O que leva um padre belga a conviver por 24 anos entre leprosos, dando-lhes assistência humana e espiritual, a ponto de ser também contaminados pelo mal? O que leva um franciscano polonês a se oferecer para ocupar o lugar de um prisioneiro condenado à morte em um campo nazista? O que leva uma freira albanesa a deixar seu cargo de diretora pedagógica em um colégio de ricos para cuidar dos mendigos do lixão de Calcutá?

            A resposta devia ser óbvia: é a alegria de experimentar o amor de Deus, de tal modo que todos os valores, interesses e preferências materiais ficam simplesmente “neutralizados” em comparação com o amor experimentado em suas vidas.

            Se você concluir que a busca de sucesso, dinheiro e poder é sintoma de vazio interior, em um coração que ainda não experimentou o amor do Pai, parabéns! Você entendeu a mensagem. Francisco de Assis lhe daria um abraço...

Orai sem cessar: “Puseste alegria no meu coração...” (Sl 4,8)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Compartilhe esta notícia:
Nome:
E-mail:
E-mail do amigo:
DEIXE UM COMENTÁRIO
TAGS
ÚLTIMAS NOTÍCIAS